A precisar de sorte

Amanhã, na primeira aula de um longo dia, vou fazer a apresentação de um trabalho para o qual nunca estive estimulada e continuo sem o estar. Vai requerer muito das minhas potencialidades de improviso (que são escassas) e de debater assuntos banalíssimos. 

A ideia geral do trabalho, sugerida por uma professora que admiro bastante, conseguiria pôr-se de pé, não fossem uns e outros colegas que fogem do trabalho com o diabo da cruz. Começa a balançar a partir do momento em que toda a responsabilidade é, estrategicamente colocada sobre uns únicos ombros sobrecarregados: os meus. Pois desenganem-se se pensam que não dei conta da habilidade.

Após algumas tentativas, vãs, de os encaminhar no sentido do que é pretendido e nos foi confiado resolvi dar-me por vencida por aquela preguiça desmesurada e revezei-me a escrevinhar umas quantas notas para aquando do debate.

Só espero, e espero intensamente, que a propensão deles para improvisar e convencer seja bem melhor que a minha.