sábado, 12 de janeiro de 2013

Certas coisas são insubstituíveis

Entristece-me a ideia que os verdadeiros livros, os autênticos com uma encadernação perfeita possam estar a caminhar para o limiar da sua extinção. O que me leva a questionar com que destino caminhamos nós, todos os dias a passo acelerado na nossa pressa habitual.
 A evolução, em teoria, serviria para criar uma abordagem mais fresca numa tentativa de melhorar significativamente o antiquado e, por consequência, tomar o seu posto, soltá-lo da sua função. O que não me parece bem é  vir esgravatar no que está perfeitamente bem na sua condição.
Quando todas as coisas têm o seu encargo, devemos atentar com toda a precisão que estiver na nossa capacidade, nessas particularidades que as tornam autênticas e exclusivas. Os motivos porque sentir uma página por entre os dedos ao folhear, nunca, por nunca, será declaradamente a mesma sensação que passar o indicador num ecrã num gesto similar mas menos floreado. Nem folhas existem, para começar.
Estou consciente que, pela Internet, é um acesso mais livre e menos dispendioso à leitura que considero um direito comum a todos. Mas, no fundo, não me sinto preparada para retirar os livros do seu posto. Cada coisa como cada qual.
Enquanto ter em casa uma estante cheia de livros ainda não for coisa rara nem pouco moderna. Enquanto bibliotecas não forem tomadas por museus. Onde incontáveis crianças irão visitar, de tablets debaixo do braço, com os olhos presos em algo que simplesmente não perdurou para contar mais história.

2 comentários:

S disse...

Tens razão, eu não resistia a comprar livros mas desde que fui para a faculdade que comecei a fazer download de livros tecnicos que custam 100€ cada um e realmente poupei imenso dinheiro! Mas livros de literatura faço sempre um esforço para comprar :)

teardrop disse...

Subscrevo a tua opinião. Nada como um livro... o cheiro, a textura do papel. Eu amo demasiado os livros e não consigo ler os ebooks.