A pedido de muita gente, aqui está a continuação da última parte.
Eu - Vais-me obrigar a remar?
Pedro - Estava a pensar nisso, sim.A minha cara preocupada fê-lo soltar uma gargalhada. Entrou no barco e estendeu-me a mão para me ajudar a subir.
Estendi o braço e, de seguida, a minha mão foi agarrada com firmeza e ele puxou-me.
Eu - Ainda bem que o mar está calmo hoje. Senão...
P - Senão o quê? Eu estou aqui. - interrompendo-me
Eu - Eu sei. - respondi com receio
P - Vá, prometo que não vamos muito longe mas se queres, pelo menos, sair da areia temos que remar um bocado.
Eu - Estou a começar seriamente a pensar se um almoço normal, com mesa e cadeiras, não seria uma melhor opção.
P - Ainda te vais surpreender. Vai por mim.
O mar estava realmente calmo. O sol deixava grandes reflexos que se evidenciavam na água cristalina.
Demos uso aos remos até chegarmos a um sítio que ambos achámos razoável.
P - Vamos comer?
Eu - Fome não me falta.
P - Ainda bem porque eu vim bem preparado. - disse-me enquanto retirava a comida que se encontrava na mala.
Terminámos o almoço e já só estávamos os dois recostados enquanto o barco baloiçava levemente à deriva.
P - Porque é que já não falamos da mesma forma?
Eu - Não sei. Talvez porque crescemos?
P - Isso não mudou nada para mim.
Aquela resposta fêz-me olhar subitamente para ele.
P - Será que não há aí uma remota hipótese de me veres de maneira diferente?
Eu - Não comeces.
P - Tudo bem. Queres mudar de assunto? Queres falar sobre o tempo, partilhar receitas? Nada disso muda o facto de evitares este assunto a todo o custo.
Eu - Provavelmente isto não foi a melhor ideia.
Nesse momento, abandonei a minha posição anterior, ficando apenas sentada.
P - Espera. Olha desculpa Vé. Estou a ser idiota. Quando te convidei para almoçar não era para discutir-mos.
Eu - Eu sei que não foi intencional. Na verdade, talvez estejas certo.
Ele pareceu surpreendido.
Eu - Reconheço que me sinto de maneira diferente quando estou contigo agora. Só que ainda não percebi o que isso significa.
P - Eu sei o que significa para mim.
Eu - Por certo, ainda te lembras que volto para casa no final do Verão, Pedro.
P - Não escolhi sentir-me assim, mas acredita que se pudesse escolhia-te na mesma.
Eu - Já não sei o que te diga mais.
P - Podemos dar uma hipótese? Tentar descobrir o que nós temos.
Passou a sua mão pelo meu cabelo num gesto demorado.
Eu - Porque é que sinto que estás constantemente a fazer-me propostas?
P - Será que ouvi um sim? Sim, isso pareceu-me um sim.
E sorriu.
7 comentários:
ty, eles são uns fofinhos :)
Acho que vou ter de começar a ler esta história de início :)
Muito obrigada minha querida :)
Vou ler a história do principio...
Querooo mais (:
Serio?? está bom? tivemos algum receio. duas cabeças, muitas ideias ...
O teu capitulo está optimo felizmente maiorzito que os outros.
Obrigada querida ^^
Tenho de ver se hoje à noite venho ler a tua história desde o ínicio, isto com tanta história uma pessoa já nem sabe onde é que cada uma vai...
Adoreiiii, mais mais mais :p
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